Apesar de registrar melhora na educação, o Brasil segue entre os piores colocados em ranking internacional de ensino, divulgado nesta terça-feira (7). O país ficou com a 53ª colocação entre 65 países no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
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Feito com estudantes nascidos em 1993 matriculados em qualquer série a partir da 7ª série (8º ano) do ensino fundamental, o ranking é divulgado a cada três anos. Em 2009, avaliou 470 mil estudantes. Desse total, 20 mil eram brasileiros.
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O Pisa avalia conhecimentos de leitura, matemática e ciências dos adolescentes. O Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC), é quem aplica a prova no Brasil.
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Com a média geral de 401 pontos, o Brasil ficou atrás de países como Bulgária, Romênia e os latino-americanos México, Chile e Uruguai. Fica à frente apenas da Colômbia, Kazaquistão, Argentina, Tunísia, Azerbaijão, Indonésia, Albânia, Catar, Panamá, Peru e Quirguistão.
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O país ficou bem abaixo da média da OCDE, de 496 pontos. Os cinco melhores colocados são China (Xangai), com 577 pontos, Hong Kong, com 546, Finlândia e Cingapura, com 543, e Coréia do Sul, com 541.
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A disparidade entre as dependências administrativas do país é grande. Estudantes de escolas federais tiveram as melhores médias, 528 pontos, que colocaria o Brasil entre os oito países melhor colocados. A nota das escolas particulares é de 502 pontos, entre os 20 melhores países. Já as públicas estaduais e municipais têm média comparada a dos sete piores países, 387 pontos.
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O Pisa avalia conhecimentos e habilidades que capacitam os alunos para uma participação efetiva na sociedade. A avaliação em leitura busca saber qual é a compreensão, o uso e a reflexão dos estudantes sobre textos escritos para alcançar objetivos. Já na matemática a intenção é medir a capacidade de atender suas necessidades no mundo para, por exemplo, expressar ideias bem fundamentadas.
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Fonte: g1.globo.com
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Quando vejo o resultados desses índices educacionais, sempre lembro das palavras do Professor Vitor Paro (1998):
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“A má qualidade do ensino público atual expressa, por um lado, a falta de escolas de verdade, com condições adequadas de funcionamento; por outro, a ausência, em nosso sistema de ensino, de uma filosofia de educação comprometida explicitamente com uma formação do homem histórico que, ultrapassando os propósitos da mera sobrevivência, se articule com o objetivo de viver bem, realizando um ensino que capacite o educando tanto a usufruir da herança cultural acumulada quanto a contribuir na construção da realidade social.”
Foto: disponível em http://www.uni-vos.com
13 comentários:
jamais seremos um pais de verdade sem educação..
Abraços
Olá, querida
Que pena!!!
Mas tenho esperança de que melhore o quadro que nos apresentou.
Abraços fraternos e bjs de paz.
Educação é a base do país.. mas parece q nunca vai melhorar de verdade no Brasil.
Tanta gente também que não dá valor aos educadores, só contribui para a falta de qualidade .
bjo!
Meu querido amigo,
esta é uma situação tão triste... e o pior é que não vemos vontade política que torne a mudança possível!
Bjs.
♥
Tão bom que nossos governantes comecem a pensar com mais seriedade na Educação, é tão urgente e necessário.
Obrigada pelas nformaçoes.
Deixo um abraço com carinho Hugo
Concordo com o Olavo,sem educação jamais sermos um paí de verdade...
Beijo!
Isto é uma vergonha ... por estas e outras é q somos obrigados e conviver com a barbárie ...
bjão querido
bom feriado
;-)
Muito triste isso meu amigo,,,educação é a base de tudo na vida...abraços e um belo dia pra ti.
Que vergonha, não??
O Brasil ainda está engatinhando...
Bom dia Hugo!
O conhecimento evita que o ser humano seja manipulado. E quem é que quer manipular o povo?
É uma vergonha Hugo, mas essa é a nossa realidade. O governo coloca todos na Escola e cria os analfabetos funcionais que é o que lhes interessa.
Bjs no coração!
Nilce
Excelente postagem, Hugo, parabéns!
Minha opinião você já sabe, abordamos o mesmo tema em nossos blogs. Conforme bem demonstrado aqui com as notas das escolas federais, o país sabe sim o caminho das pedras para uma boa educação. O que falta é querer fazer bem feito em todas as escolas do país e destinar recursos para isso. Todos nós queremos, mas quem não quer, e por que não quer?!
Grande abraço! Obrigado pela visita!
Adriano Berger
nanoberger.blogspot.com
Os dados comprovam a heterogenidade da qualidade da educação em nosso país:
- Estudantes de escolas federais tiveram as melhores médias, 528 pontos... [a maioria desses professores são mestres, tem bons planos de carreira e dedicam em regime de exclusividade na escola em que atuam, pois recebem bem para lecionar!]
- A nota das escolas particulares é de 502 pontos.
- Já as públicas estaduais e municipais têm média comparada a dos sete piores países, 387 pontos.
Como e quando é que se pode falar em democracia com estes dados?
Temos que ampliar nosso olhar e valorizar as escolas públicas Estaduais e Municipais, e os profissionais que neles atuam!
Um grande abraço!
Infelizmente, acabamos prezando número de aprovados, não números de alunos que saibam realmente...
Fique com Deus, menino Hugo.
Um abraço.
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